quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Quem dá mais?


Com a nova Ranger, potência do motor vira argumento de vendas entre as picapes médias flex

Símbolos de força e virilidade, as picapes médias sempre tiveram como mote de vendas a potência de seus motores diesel. Mas com a chegada da nova Ranger, a tendência mudou de time: agora o diferencial das marcas é apontar a cavalaria extra das versões flex.

Capaz de gerar 168 cv (cavalos)/173 cv, abastecida com gasolina e etanol respectivamente, e 24,8 kgfm de torque, a segunda geração da picape da Ford gaba-se de ser a mais potente da categoria. Aposta que, para a marca, busca atender e uma fatia diferente de mercado, principalmente na região central do país onde a oferta de cana de açúcar é maior. “Além da versão diesel, a linha Ranger atende uma parcela importante de clientes de várias regiões que optam por motores movidos com etanol e gasolina. Por isso, introduzimos o motor Duratec 2.5 litros 16v flex. Este produto é uma excelente opção para diversos tipos de uso", argumenta a gerente de marketing de picapes da Ford, Lucíola Almeida, gerente de Marketing de Picapes da marca.


Composto de bloco de alumínio e comando variável de válvulas eletrônico (iVCT), o novo motor tem a vantagem de já vir preparado para conversão de Gás Natural Veicular (GNV). Mas ainda não dispensou o tanquinho flex de partida a frio. Para acessá-lo, há uma tampa no para-lama esquerdo da Ranger.

Só manual
Todas as quatro versões a gasolina vem equipadas com câmbio manual de cinco ou seis velocidades, decisão tomada pelo desinteresse do mercado brasileiro por transmissões automáticas neste tipo de picape, afirma a Ford. A cabine simples XLS (R$ 61.900) já vem “completa” de série, com airbag para o motorista, alarme, ar-condicionado, chave do tipo canivete, computador de bordo, direção hidráulica, faróis de neblina, freios ABS com EBD, rodas de liga leve aro 17, rádio CD MP3 com bluetooth, desembaçador do vidro traseiro, vidros e travas elétricas.


Com cabine dupla, são três versões. A primeira delas, a XLS (R$ 67.600), repete os mesmos equipamentos da Ranger para dois passageiros, exceto as rodas de 16 polegadas, com menos capacidade de carga – 1.341 kg, conta 1.457 kg da Ranger de entrada e cabine simples. A XLT (R$ 87.500) adiciona airbags frontais, ar-condicionado digital de duas zonas, abertura e fechamento por controle remoto, bancos com ajuste lombar e de altura, comandos do rádio no volante, controle eletrônico de estabilidade, estribos laterais, e vidros elétricos com acionamento de um toque e recurso antiesmagamento.

Além dos detalhes cromados que a XLT ostenta na grade, para-choque traseiro e santantônio, o topo de linha Limited (R$ 87.500) traz airbags laterais e de cortina, bancos de couro e do motorista com ajuste elétrico em oito posições, câmera traseira, navegador com tela LCD de cinco polegadas no painel, porta-luvas climatizado, sensores de chuva e crepuscular, bagageiro no teto e retrovisores com luzes de direção. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.



[saiba mais]
A força das concorrentes:

Chevrolet S-10
Motor: 2.4 flex
Potência e torque: 141 cv/147 cv, 22,3 kgfm/24,1 kgfm a 2.800 rpm
Câmbio: manual de cinco velocidades
Preço: a partir de R$ 56.949 (cabine simples)

Toyota Hilux (cabine dupla)
Motor: 2.7 16v flex
Potência e torque: 158 cv/163 cv, 25 kgfm a 3.800rpm
Câmbio: automática de quatro velocidades
Preço: R$ 84.920 (SR 4x2) e R$ 100.140 (SRV 4x4)