terça-feira, 22 de dezembro de 2009

No primeiro contato, Amarok revela bom espaço interno, mas versão inicial tem aparência espartana



BUENOS AIRES - Nesta apresentação não foi possível guiar a Amarok. A picape estava somente exposta, mas ao primeiro olhar já agradou a diferentes opiniões. A começar pelo design robusto e moderno, alinhado ao conceito mundial do fabricante e que certamente conquistará clientes da Toyota Hilux, sua principal concorrente. O espaço interno está acima da média, com ênfase ao banco traseiro em posição mais elevada que em demais picapes e que acomoda três passageiros em formas delineadas. Acabamento e equipamentos de série não faltam à versão topo de linha Highline, enquanto que a inicial (abaixo) peca pela aparência pobre - que exibe rodas de aço, pára-choques, retrovisores e maçanetas de plástico preto. Preço? Ainda é desconhecido.






Chegada da Amarok marca uma nova era para a fábrica de Pacheco, que a exportará para todo o mundo



BUENOS AIRES - "O mercado sul americano segue em crescimento acima da média e a integração do Mercosul será uma força adicional para os próximos anos". A frase, do Presidente da Volkswagen Argentina, Viktor Kliman, marcou o encontro à portas fechadas que o fabricante promoveu com cerca de 25 jornalistas brasileiros para falar da Amarok, sua primeira picape média, em Pacheco (Província de Buenos Aires, Argentina). Outros profissionais de imprensa, de diversos países, partciparam do evento na fábrica. Até 2011, o ritmo de produção do modelo deve alcançar 90 mil unidades, destinadas também à África, Austrália, Europa e México. Por enquanto os EUA estão fora dos planos.

Para convencer os clientes deste tipo de veículo a levar uma Amarok, a Volkswagen remete à uma qualidade e experiência na produção em diversos segmentos. As vendas no Brasil começam em março, uma semana depois da Argentina. O motor 2.0 biturbo vêm da Europa, "por não ter requisitos e volume para um produção local", comenta o Vice-Presidente de Vendas e Marketing, Flavio Padovan. Entretanto, o câmbio, produzido pela ZF, é brasileiro. Padovan também revela que nos próximos meses virão novas versões, como uma cabine simples com tração 4x2.



Fiesta en Pacheco
Em uma planta com capacidade para até 120 mil unidades ao ano, onde até então era produzida somente a perua SpaceFox (chamada Suran por lá), a Amarok marca uma nova era. Sua chegada contou até mesmo com a presença da presidenta do país, Cristina Fernández de Kirchner, que discurssou à convidados e funcionários por pouco mais de 20 minutos. No país vizinho, o fabricante alemão detém a liderança do mercado há 17 anos, com 26% de participação.

Velhinhos ainda têm presença marcante na Argentina



BUENOS AIRES - O tempo passou, mas não para eles. Estou falando dos antigos carros argentinos, produzidos até a década de 1990 e que, mesmo em meio a uma nova onda de modelos, continuam a ser presença marcante no país portenho. Ford Falcon, Peugeot 504 e Renault 12 são maioria absoluta. Mas quem andar pelas ruas de Buenos Aires também verá muitos Fiat 124 (modelo que originou o Lada Laika) e Volkswagen 1500 (abaixo, um primo do "nosso" Dodge Polara). Um reflexo da crise econômica de 2001? Em grande parte, sim.



Outra característica peculiar da frota argentina é o estado de conservação, no mínimo, regular. Boa parte dos carros, novos ou não, estão em péssimo estado e avariados. Exemplo é a traseira do Laika a seguir, cujo dono não se dispôs nem a trocar o pára-choque...



Nos próximos posts, leia o real motivo desta incursão na terra de "Dieguito" Maradona.