quarta-feira, 11 de julho de 2012

De volta à vida, com coração novo


Honda ressuscita Biz de 100 cm³ e NX4 Falcon preenchendo nicho de mercado. Sem grandes mudanças no desenho, motos trazem novos motores adequados ao Promot 3

Atenta à concorrência cada vez mais competitiva das rivais chinesas, a Honda decidiu trazer de volta duas velhas conhecidas do mercado brasileiro: a cub Biz de 100 cm³ e a NX Falcon. Rebatizadas na linha 2013, as motocicletas receberam desenho atualizado, mas a grande novidade são novos motores adequados à legislação Promot 3 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
 
Biz 100
Primeiro membro de uma família que evoluiu para 125 cm³, a C100 Biz, lançada em 1998, evoluiu para um modelo equipado com sistema flex e injeção eletrônica. A tecnologia elevou o preço da pequena e, apesar de bom número de vendas, a antiga fatia de mercado deixou de ser explorada pela marca japonesa. Pensando no público que preza pela economia de combustível e preço mais acessível, a Honda decidiu trazer de volta a versão com um novo motor OHC quatro tempos, de 97,1 cm³, e denominação Biz 100. Convivendo com a Pop 100 – moto de entrada que mostrou não ser um sucesso de vendas –, a nova Biz de entrada vem equipada com freios a tambor em duas versões: KS, de partida a pedal, por R$ 4.710 e ES, com partida elétrica, a R$ 5.290. Como comparação, a Biz 125 começa em R$ 5.380.



O desenho é o mesmo, exceto pelas lentes das setas na cor laranja. O painel manteve hodômetro e marcador de nível de combustível. Sob o assento há um porta capacetes. Alças laterais auxiliam a fixação de pequenas cargas sobre a parte traseira do assento.

Capaz de gerar 6,43 cv (cavalos) de potência e torque de 0,71 kgfm, o novo motor só manteve a cilindrada em relação ao antigo. Trata-se de uma inédita unidade, usada no scooter Wave 100 no exterior, e que vem aliada a um câmbio semi-automático de quatro velocidades.

O chassi é do tipo monobloco, com suspensão dianteira telescopia e traseira de braço oscilante. No tanque de combustível há capacidade para 5,5 litros (dos quais 1,5 são para reserva). As opções de cores preta, vermelha e rosa metálico, exclusiva de versão ES, são as mesmas da Biz 125.

NX 400i Falcon
Tendo como base a boa e velha NX4 Falcon, a NX 400i Falcon resgata a base da moto descontinuada em 2008 com carenagem levemente reestilizada e novo motor de 397,2 cm³ e injeção eletrônica. A meta do fabricante, entretanto, é ousada para um modelo veterano que permanece sem tecnologia flex: em única versão, a partir de R$ 18.900, a Honda pretende comercializar 11 mil unidades por ano. Todas produzidas na fábrica de Manaus (AM).



Mesmo desgastada pelo passar dos anos, a Falcon ainda demonstra uma aparência atual. Na dianteira, o farol é multi-refletor com lentes de policarbonato. Retrovisores, ponteira e protetor de escape foram resenhados e vem acompanhados de inéditos grafismos. No painel de instrumentos está a maior alteração estética: agora digital, o visor reúne marcador de combustível, tacômetro, velocímetro, hodômetros total e parcial, além de luzes espia da injeção eletrônica.

O novo motor OHC (Over Head Camshaft), quatro tempos, monocilíndrico, de 397,2 cm³, é alimentado pelo sistema de injeção eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection). A potência chega a 28,7 cv e o torque, 3,27 kgfm a 6.000 rpm. O câmbio é manual de cinco velocidades. No tanque de combustível há capacidade para 15,3 litros (reserva de 5,3 litros) e a bateria é selada, isenta de manutenção periódica.
Na dianteira, a suspensão é de longo curso de 215 mm. Na traseira, Pro-link de 180 mm. Freios são a disco e são três as opções de cores: prata metálica, preta e vermelha metálica.


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Retoque na NXR 150 Bros

Líder de vendas no segmento fora-de-estrada de 150 cm³, a NXR 150 Bros acompanha as mudanças da linha 2013 com uma leve atualização no desenho. A carenagem recebeu novos vincos e farol mais potente, com lâmpada de 35 W, enquanto na traseira a luz da lanterna ficou mais eficiente, de acordo com o fabricante. Completando o conjunto há retrovisores em formato oval e pneus de uso misto. O motor é o já conhecido OHC de 149,2 cm³, com quatro tempos, injeção eletrônica e potência de 13,8 cv. As versão também não mudaram: continuam a ES, equipada com partida elétrica, a R$ 8.640, enquanto a ESD, que adiciona freio dianteiro a disco, custa R$ 8.990. A garantia, como na Biz 100 e NX 400i Falcon, é de um ano sem limite de quilometragem. Os preços tem como base o Estado de São Paulo.

Terceira geração do Mercedes-Benz ML evolui em conforto e equipamentos por R$ 335 mil


A identidade é a mesma que torna o ML inconfundível entre os Mercedes-Benz, mas sob a nova casca da terceira geração se escondem vários aprimoramentos. Primeiro utilitário-esportivo sutil da marca das estrelas de três pontas – depois do jipão parrudo Classe G, de 1979 – o modelo chega ao Brasil em sua terceira geração com um novo motor 3.5 V6 de injeção direta e promessa de menos consumo, atrelado a um câmbio automático de sete velocidades e tração integral permanente. Em única versão, a 350 BlueEfficiency com acabamento Sport, o preço é de R$ 335 mil.

Como nas gerações anteriores, de 1997 e 2004, o ML buscou inspiração nos sedãs da marca. Uma característica explicada pelo responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da Mercedes-Benz, Thomas Weber. “Na Classe M sempre visamos combinar o conforto e o luxo de um carro de passeio com as características off-road e as emoções proporcionadas por um SUV.”

O coeficiente aerodinâmico passa a ser de bons 0,32 cx. Para alcançar o número, a Mercedes-Benz adotou um desenho otimizado no para-choque frontal, colunas dianteiras e defletor de teto. O resultado é um conjunto elegante, harmonizado com a história do ML e, ao mesmo tempo arrojado. Na dianteira, a grade ficou maior. Faróis integram LEDs e o para-choque é composto por um enxerto cromado na base, reforçando o aspecto de robustez do modelo. Na traseira, o elemento é repetido com aplique sobre a tampa do porta-malas e lanternas iluminadas por filetes de luz. A coluna C, uma marca da ML, foi assegurada com linhas arredondas remetendo a um apelo esportivo. Rodas são de 20 polegadas.


A lista de equipamentos de série é digna de um carro que custa centenas de milhares de reais e inclui, pela primeira vez num ML, acesso à internet por meio do sistema multimídia Comand Online com GPS e tela colorida de sete polegadas. Os ocupantes podem navegar livremente quando o veículo estiver parado ou usar um aplicativo Mercedes-Benz com páginas carregadas quando o carro estiver em movimento. Além disso, o sistema oferece rádio com duplo sintonizador, DVD player compatível com MP3/WMA/AAC, interface USB com display para capas de CDs, entrada auxiliar no apoio de braços central e teclado telefônico. A interface bluetooth permite telefonemas viva-voz e Audio Streaming para transferência de músicas.


A segurança é reforçada pela presença de airbags frontais, laterais e de cortina, controles eletrônicos de aceleração (ASR) e estabilidade (ESP), distribuição eletrônica de força de frenagem (EBD), freios adaptativos, assistência de partida em aclives, além do detector de sonolência Attention Assist e o sistema de alerta para perda de pressão nos pneus. No banco traseiro, foram adotados apoios de cabeça com ajuste de inclinação. Rebatendo o assento, a capacidade do porta-malas, que é de 770 litros, sobe para 2.010 l (até o teto).

Injeção direta e 306 cv
Um dos novos motores da linha BlueDirect da Mercedes-Benz, o 3.5 V6 se destaca pela injeção direta de gasolina (também de terceira geração) com combustão orientada e novos injetores com 200 bar de pressão, juntamente com ignição multifaísca (MSI) e um novo processo de combustão estratificada. A potência chega a 306 cv (cavalos) e a aceleração até 100 km/h pode ser feita em apenas 7,6 segundos – números dignos de um Classe E. A máxima é limitada eletronicamente em 235 km/h.

A nova transmissão automática 7G-Tronic Plus reforça o apelo de menor consumo e emissões de poluentes. Dotada de novo conversor de torque e sistema de gerenciamento térmico do óleo, a caixa conta com o auxílio dos eixos de transmissão de baixa fricção, a direção com assistência elétrica e os pneus de menor resistência à rolagem para reduzir o gasto de combustível. A tração é permanente nas quatro rodas, com opção de operação fora-de-estrada acionada por meio de um botão. Além disso há o Downhill Speed Regulation (DSR), dispositivo que regula a velocidade em descidas. No tanque de combustível, há capacidade para 93 litros de gasolina, grande autonomia.


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Nível NVH conforto
Preocupados em elevar o nível de conforto – uma das principais críticas em utilitários-esportivos –, os engenheiros da marca elevaram o chamado nível NVH de conforto, que leva em cosideração a aspereza, ruído e vibração do veículo. A base para que seja atingido o índice é o nível de conforto fornecido pela estrutura da carroceria. Outras melhorias foram aplicadas no sistema de propulsão e chassi.

Tecnologia anti-distração é desenvolvida pela Ford


Dados fornecidos por recursos de assistência ao motorista ajudam a Ford no desenvolvimento de uma nova tecnologia anti-distração. Em fase experimental, o sistema funciona por meio de sensores infravermelhos instalados no aro e raios de direção que monitoram as palmas das mãos do motorista e seu rosto para captar mudanças de temperatura. Outro sensor sob a coluna de direção mede a temperatura da cabine para comparação. Um terceiro sensor instalado no cinto de segurança avalia a respiração de quem dirige. “Esses dispositivos ainda estão em pesquisa, mas mostram as grandes oportunidades que temos de aproveitar os dados já existentes nos para criar um sistema inteligente de tomada de decisões e simplificar a experiência de direção”, afirma o gerente de infotrônica da área de pesquisa da Ford, Gary Strumolo.

FESTA NAS RUAS // Cerca de mil visitantes participaram da 20ª edição do Bikefest`2012, entre 27 de junho e 1° de julho em Tiradentes (Região do Campo das Vertentes). Um dos destaques do encontro foram as motos customizadas, entre elas a Moto Brazil – chopper criada por um trio de designers norte-americanos que se inspiraram nas linhas arquitetônicas de Brasília para desenhá-la.