terça-feira, 10 de abril de 2012

Tudo isso? Cruzes...


Sucessor do Vectra GT, Chevrolet Cruze Sport6 aposta na potência, espaço e equipamentos para conquistar consumidor, mas peca pelo preço superior aos dos principais concorrentes

Fotos: Fábio Gonzalez/Divulgação GM do Brasil

Monza hatch, Kadett, Astra e, por último, Vectra GT. Em quase 30 anos de presença no mercado de hatches médios no Brasil, a Chevrolet evoluiu, lançou tendências, e muitas vezes dominou as vendas, embora no fim das contas tenha sido ultrapassada pela concorrência cada vez mais competitiva – leia-se Hyundai i30 e Ford Focus. O Cruze Sport6 chega para recuperar o prestígio perdido da marca da gravata também neste segmento. Fruto de projeto global, com estilo esportivo e porta-malas acima da média, o modelo aposta no motor 1.8 Ecotec6, câmbio automático de seis velocidades e recheada lista de equipamentos de série para conquistar o público perdido, mas cobra caro por isso no preço: a partir de R$ 64.900, na versão LT.

Idêntico ao sedã até as portas dianteiras, o hatch se destaca pela linha de teto arqueada que se estende desde o pára-brisa até os pilares traseiros. Juntamente com a traseira mais curta – 9 cm menor que o Cruze três volumes -, e as lanternas arredondadas, sugere esportividade. Saias laterais e uma extensão do para-choque frontal reforçam essa ideia. Tanto na opção inicial LT quanto na topo de linha LTZ, o Sport6 é equipado com rodas de liga leve aro 17 com pneus 225/50 R17. Cada versão vem com rodas fixadas por cinco parafusos com desenho exclusivo.


O painel segue o conceito de cockpit duplo adotado pela Chevrolet nos últimos lançamentos. Nele, o elemento central é o console, que reúne visor, comandos de informação, entretenimento e climatização do Sport6. Bancos são envolventes e deixam os passageiros firmes. Por meio de uma tela de sete polegadas, o sistema de navegação disponibiliza mapas do Brasil e Argentina incluindo indicações para postos de gasolina quando o tanque de combustível entra na reserva. Graças a um sinal de velocidade, o navegador continua funcionando mesmo em locais de perda de sinal – como em túneis –, atualizando a posição no mapa e dando alguma instrução, caso necessário.


Na versão LT, o rádio CD MP3 e USB vem com amplificador de quatro canais e seis alto-falantes. No LTZ, o sistema de áudio é Premium. Freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem e os controles de tração e estabilidade são de série em ambas versões. A capacidade do porta-malas é uma das maiores do segmento: 402 litros. Rebatendo os bancos traseiros na proporção 60/40, o volume sobe para 872 litros.

Motor 1.8 16v
Como no sedã, o Cruze hatch vem equipado com o motor 1.8 16v Ecotec6, de duplo comando de válvulas continuamente variável (Dual CVVT), aliado a duas opções de cambo: manual ou automático de seis marchas. A potência chega a 140 cv (cavalos) quando abastecido com gasolina e 144 cv com álcool, enquanto o torque varia de 17,8 kgfm a 18,9 kgfm a 3.800 rpm, respectivamente. Cerca de 90% desse torque já está disponível a 2.200 rpm.

Ainda incomum no segmento, a transmissão automática de seis velocidades oferece opção de trocas em modo sequencial. A suspensão dianteira é do tipo McPherson, com buchas hidráulicas que fixam os braços inferiores da suspensão ao subchassi. Na traseira, a suspensão é do tipo Z-link, de barra de torção especial com perfil em U, construído com duas camadas. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem.


[saiba mais]:
Principais equipamentos de série

LT – Airbags frontais e laterais, ar-condicionado, Bluetooth, computador de bordo, direção com assistência elétrica progressiva, faróis e lanterna de neblina, piloto automático, rádio CD MP3, USB, com entrada auxiliar e seis alto-falantes, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos elétricos com desembaçador, sistema Isofix, vidros elétricos e volante com comandos do sistema de som

LTZ – Acrescenta airbag de cortina, bancos de couro, botão de partida do motor Start-Stop, central multimídia com tela LCD de sete polegadas, navegador GPS integrado ao sistema de som, sensores crepuscular e de estacionamento e teto solar



Preços
LT Manual – R$ 64.900
LT Automático – R$ 69.900
LTZ Manual – R$ 77.400
LTZ Automático – R$ 79.400

Acessórios
Como opções de customização do modelo, a Chevrolet oferece nas concessionárias: cabide para encosto de cabeça, capa cromada para os retrovisores externos, navegador portátil de 4,3 polegadas, película de proteção solar, sensor de marcha a ré e soleiras para as portas

Roadster pós-IPI


Surpreendida por aumento de imposto, Mercedes-Benz decide importar SLK na versão intermediária 250, com motor 1.8 turbo de 204 cv, por R$ 249.900

A idéia da Mercedes-Benz era trazer a terceira geração do SLK em duas opções: 200, com motor 1.8 de 184 cv (cavalos) e 350, V6 de 306 cv. O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), no entanto, inviabilizou a importação das versões, fazendo com a marca da estrela de três pontas optasse pela intermediária 250, à venda desde março. Em única configuração de acabamento, ela custa R$ 249.900.

O desenho mantém o longo capô que marca o roadster desde o lançamento, em 1996. A grade frontal cresceu em tamanho e imponência. Luzes de Leds em conjunto com os faróis de xênon permanecem acesas durante o dia, o que certamente atrai ainda mais olhares curiosos.  Nas laterais, entradas de ar no para-lamas realçam a esportividade. A base dos retrovisores, com luzes direcionais integradas, é fixada nas portas. Duplo escape e lanternas que avançam em direção às laterais remetem à “irmã” maior SL.


O interior – como a própria categoria sugere – só tem espaço para dois ocupantes, que, aliás, são tratados com muito conforto e sofisticação. Os bancos são envolventes e o teto rígido retrátil permite que o SLK se transforme de conversível a cupê em segundos. Para diminuir a turbulência com a capota aberta, quebra-ventos de acrílico foram adicionados aos encostos de cabeça. Além disso, o couro utilizado nos assentos (Sun-Reflective Leather) reflete os raios solares, reduzindo o aquecimento quando o carro fica estacionado ao sol por longo tempo. Mas atrás dos bancos não há espaço nem para uma pequena valise.

A segurança é reforçada pela presença de seis airbags frontais, laterais e de joelho, controle de estabilidade (ESP), freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e o Neck-Pro, um sistema que desloca os apoios de cabeça em caso de acidente, diminuindo o impacto do chamado efeito-chicote.


Outros recursos foram pensados em auxiliar a dirigibilidade. Para estacionar, o Parking Guidance aponta, em velocidade de até 35 km/h, o espaço suficiente de uma vaga. Tudo por meio de uma seta no painel. Já o Attention Assist detecta a possibilidade de sono do condutor, quando se deixa de acelerar, frear ou virar o volante por muito tempo, emitindo um alerta sonoro.

O uso de turbocompressor e de injeção direta de combustível elevam a potência do motor 1.8 a 200 cv. A aceleração até 100 km/h ocorre em 6,6 segundos, e a máxima (limitada eletronicamente) anunciada é de 243 km/h. Uma curiosidade é um termostato controlado eletronicamente para reduzir as emissões quando o motor é ligado frio, normalmente pela manhã. Até que a temperatura ideal seja atingida, o equipamento fecha a circulação do fluído de refrigeração.

Super câmbio
Um dos maiores trunfos da terceira geração do SLK, o câmbio automático 7G-Tronic Plus, de sete velocidades, permite que o motorista selecione três modos de condução: econômico (E), esportivo (E) ou manual (M). O primeiro exige menos do motor, reduz o consumo de combustível e o nível de emissões, sendo recomendado para percursos urbanos. No esportivo, a troca é feita em rotações mais altas – realçadas por um filtro sonoro que leva o ronco do motor, acima de 4.000rpm, direto para dentro da cabine. No modo de manual ainda é possível trocar as marchas por meio de duas aletas no volante: a da esquerda reduz, enquando a da direita aumenta.


Até o fim do ano, a Mercedes-Benz planeja trazer ainda a 55 AMG, versão mais apimentada da SLK equipada com motor 5.5 V8 de 421 cv, acabamento em aço escovado e quatro saídas de escape.


Ficha técnica
Mercedes-Benz SLK 250

Motor – Quatro cilindros em linha, 1.796 cm³, a gasolina, com turbo e injeção direta de combustível; potência de 204 cv a 5.000 rpm
Transmissão – Automática, de sete velocidades
Aceleração até 100 km/h – 6,6 segundos
Máxima – 243 km/h (limitada eletronicamente)
Direção – Assistência elétrica
Dimensões – 4,13 metros de comprimento; 2,00m de largura; 1,30m de altura
Porta-malas – Capacidade para 225 litros de bagagem (capota aberta) a 335 litros (capota fechada)


Sedã blindado
Um dos últimos lançamentos da marca da estrela de três pontas no país é o E 500 Guard, versão blindada do sedã disponível sob encomenda desde o ano passado. O modelo é o principal destaque da Mercedes-Benz na LAAD Security 2012, Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa que vai até amanhã no Riocentro, Rio de Janeiro. Embora tenha recebido sistemas inteligentes de sobreposição, ele mantém a discrição e as características de um Classe E convencional, já que externamente não é possível perceber a blindagem.

Honda convoca 165 CR-V para recall nos faróis

A Honda convoca proprietários do CR-V 2002 a 2004 para reparo ou, se necessária, substituição do interruptor dos faróis. O fabricante afirma que alguns veículos apresentaram falha no acendimento e desligamento involuntário da luz baixa dos faróis, o que gera risco de acidentes. No Brasil, 165 unidades do utilitário-esportivo estão envolvidas. Outras informações podem ser obtidas por meio da central de atendimento da marca, pelo 0800-701-3432, de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h.

Sistema Start-Stop será diferencial no novo Fusion


À venda nos Estados Unidos a partir do segundo semestre, o novo Fusion será o primeiro sedã não híbrido daquele mercado a contar com o Auto Start-Stop de série. A economia do sistema – que desliga e liga o motor automaticamente em paradas e ponto morto – pode chegar a US$ 1.100 em cinco anos, garante o fabricante, na versão equipada com motor 1.6 EcoBoost. Na média, a eficiência do consumo pode aumentar 3,5%.