quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CINCO PERGUNTAS PARA: WILSON PEREIRA



Ausente do mercado de ônibus de motor dianteiro no Brasil por alguns anos, a Scania relançou sua Série F durante a feira Transpúblico, em São Paulo. Embora atualizado, o chassi enfrentará uma concorrência bem mais feroz do que antes. Para saber como a marca pretende reconquistar os frotistas, conversamos com Wilson Pereira, Gerente Executivo de Vendas de Ônibus da Scania do Brasil.

Motorgerais - Quais são os diferenciais da Série F para conquistar clientes dos chassis de motor dianteiro mais vendidos, como Mercedes-Benz OF-1722 M e Volksbus 17.230 EOD?

Wilson Pereira - O chassi do Scania F (motor frontal) é conhecido e reconhecido como robusto e isso agrega muito valor aos operadores. Também temos mais de 25% mais de torque no nosso motor de partida (230 cv). Isso proporciona melhor desempenho em qualquer aplicação (urbano à rodoviário de curta distancia) em carrocerias de até 13,20 metros, possibilitando também a instalação de ar-condicionado.

Motorgerais - Preço é um fator decisivo para o frotista que deseja este tipo de chassi. Os Scania Série F terão valor final próximo aos concorrentes citados anteriormente?

W.P. - Sim. Nosso preço será competitivo.

Motorgerais - Os antigos chassis de motor dianteiro da Scania ficaram popularmente apelidados (ao menos em Minas Gerais) de "cabeça-quente", graças, sobretudo ao seu alto ruído durante o funcionamento. A nova série F ficou mais silenciosa ou acompanha os chassis de motor traseiro num mesmo patamar de ruído?

W.P. - O mais alto ruído é uma característica dos motores dianteiros que é percebido pelos motoristas. Nos Scania da nova Série F teremos um novo projeto do capô do motor, que solucionará os apelidos anteriores para ruído e o calor.

Motorgerais - Além das opções de potência de 230 cavalos e 270 cv, a Scania planeja entrar numa faixa de potência menor para ampliar sua participação?

W.P. - A curto e médio prazo não há plano para esse segmento.

Motorgerais - Por que a Scania se ausentou deste tão importante mercado no Brasil por alguns anos?

W.P. - Entre 2001 e 2002 houve uma maxi valorização do dólar e como alguns itens do nosso produto eram importados (como o motor), nosso preço não ficou competitivo. Esse mesmo problema aconteceu com alguns produtos da concorrência também. Agora como voltamos a ser competitivos (produto e preço), lançamos a nova série.