quarta-feira, 2 de maio de 2012

Somente dois A1 quattro virão para o Brasil. Lástima!


Pequeno e endiabrado, o A1 é um dos Audi mais divertidos de se dirigir. Que o diga na roupagem quattro, topo de linha equipada com motor 2.0 TSFI de 256 cv (cavalos de potência) e tração permanente nas quatro rodas que o transformam num foguetinho. Com produção limitada a 333 unidades, a versão foi confirmada para o Brasil, mas somente duas unidades serão importadas a R$ 165 mil. Vai entender a estratégia dos alemães para o nosso promissor mercado de luxo...

No estilo, ele mais parece um Audi preparado para pistas de rali. A cor branca metálica Glaciar – diga-se de passagem, na moda – combina com o teto pintado em preto de alto brilho. Faróis receberam detalhe vermelho, enquanto os para-choques vem com enormes entradas de ar. Rodas são de liga-leve aro 18 com desenho exclusivo, pneus 225/35 e cor branco glaciar, também. Os discos de freio ventilados na dianteira medem 312 milímetros de diâmetro e são agarrados por pinças negras. Na traseira, a diferença está no aerofólio, duplo escape, cada uma medindo 100 milímetros de diâmetro, e janelas com vidros escurecidos. Como não poderia deixar de ser, a denominação quattro é ostentada com orgulho na grade, arco do teto e traseira. A carroceria sempre é a de três portas, claro. Afinal, trata-se de um A1 esportivo.


Por dentro, mais preto do que branco. Bancos e descansa-braço das portas vem em couro Nappa Silk, contrastando com as costuras vermelhas. Os assentos esportivos S, para motorista e passageiro da frente, têm apoios de cabeça integrados e a assinatura quattro. A parte inferior do console central é na cor preta de alto brilho, o apoio para os pés e as tampas dos pedais são feitos de aço inox escovado e os acabamentos das soleira da porta ganharam também emblemas quattro.

O painel de instrumentos inclui ponteiros brancos, um tacômetro vermelho e display colorido para o sistema de informação ao motorista. O volante multifuncional esportivo é achatado na parte inferior e recoberto em couro com costura contrastante vermelha. A manopla do câmbio é em alumínio, assim como o acabamento de outros elementos de controle.


Ao contrário de muito Volkswagen por aí, a lista de equipamentos é tão recheada quanto a aparência. Ela inclui faróis de xênon plus, luzes de freio adaptativas, pacote de iluminação LED para o interior, luz e sensor de chuva, espelho interno com escurecimento automático, sistema traseiro de auxílio ao estacionamento, ar condicionado automático, alarme e piloto automático. O A1 quattro vem ainda com rádio CD MP3, interface Audi Music, sistema de navegação MMI Plus e sistema de som Bose que leva 14 alto-falantes com 465 watts de potência, woofers nas portas com iluminação indireta e luz guia em LEDs. O bluetooth permite conexão do carro à internet, com serviços de web especiais, incluindo o Google Earth para o carro. Os passageiros (ou agraciados) também podem conectar seus dispositivos móveis através da hotspot WLAN integrada.


Motorzão no capôzinho
O motor 2.0 TFSI com injeção direta de gasolina e turbo é daqueles comuns a carros médios ou grandes. Para equipar o A1, além do pico de potência de 256 cv, o propulsor foi projetado para oferecer baixo consumo, algo facilitado pelo próprio baixo peso do carro. O gasto médio de combustível anunciado pela Audi chega a 11,75 km/h, ótima valor se considerarmos a aceleração até 100 km/h em 5,7 segundos e a máxima (não é limitada eletronicamente, ok?) de 245 km/h.

A tração quattro permanente nas quatro rodas funciona do seguinte modo: em condições normais, como no uso urbano, a maior parte da tração é transmitida para as rodas dianteiras. Quando a tração na frente diminui, o sistema transfere torque linearmente ao eixo traseiro por meio de um pacote de embreagens banhadas a óleo. Se a roda de um dos eixos escorregar é travada pelo bloqueio eletrônico do diferencial. O quattro também trabalha em conjunto com o sistema de vetorização de torque, que atua nas quatro rodas. Se uma delas fica sem atrito quando o veículo está sendo dirigido no limite, o sistema desacelera um pouco aquela roda para evitar que ela derrape. Tudo funcionando com o auxílio de um extasiante câmbio manual de seis marchas.

A suspensão, como era de se esperar, tem ajuste mais firme do que no modelo de produção, sendo na dianteira McPherson e four-link independente na traseira. O controle eletrônico de estabilidade inclui um modo esportivo e pode ser desligado completamente se você estiver afim. No entanto, o diferencial eletrônico mantém-se ativo mesmo sob condições extremas de condução (e risco de vida...).


No total a Audi diz ter mudado mais de 600 componentes num desenvolvimento ao longo de 17 meses, para tornar este A1 um A1 único. Pena que serão poucos os felizardos que terão a oportunidade de se deliciar com ele...


DESEMPENHO


5,7 segundos é a aceleração até 100 km/h
245 km/h é a máxima

DIMENSÕES

O Audi A1 quattro tem 3,98 metros de comprimento, 1,74m de largura e 1,41m de altura, tornando-o um pouco mais longo do que o modelo “comum”. A capacidade do porta-malas é de 210 litros, rebatendo os bancos traseiros sobe para 860 litros.

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