domingo, 26 de fevereiro de 2012

Equipes mineiras terão carros com apelo ambiental na 18ª Baja SAE Brasil


Forte apelo ambiental e produção de quase todas as peças são as apostas dos sete carros Baja SAE projetados e construídos por cerca de 150 universitários de Minas Gerais, que disputarão a 18ª Competição Baja SAE Brasil-Petrobrás, de 22 a 25 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba (interior do Estado de São Paulo).

Na equipe Komiketo Baja UFSJ 1, da Universidade Federal de São João Del Rei, cerca de 70% dos materiais usados na construção do Baja SAE podem ser reciclados, como aço, alumínio, bronze, elastômero, polímero e tecido. A equipe é uma das sete que representarão Minas Gerais na competição de engenharia, que reunirá, ao todo, 71 equipes de 15 Estados brasileiros e do Distrito Federal. A Komiketo Baja UFSJ 1 também inovou em segurança ao desenvolver proteção para o sistema automático de transmissão em fibra de carbono e aramida, materiais leves e de alta resistência. “O regulamento pede cinta de malha de aço, porém criamos protetor mais seguro e menos pesado”, revela o capitão da equipe, Tiago Nascimento, que espera lugar no pódio. O projeto da equipe foi apresentado durante o Congresso SAE Brasil, em outubro.

A equipe ainda desenvolveu o amortecedor e aperfeiçoou o sistema de cambagem das rodas, que permite regulagem conforme o perfil do motorista. A UFSJ também será representada na competição pela equipe Komiketo Baja UFSJ 2, que empregou novos materiais para reduzir em 7 kg o peso do carro.


UFMG
Também na disputa, a equipe Baja UFMG – com 22 estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais – trabalhou com fonte de geração de energia limpa, convertendo o calor do motor e dos módulos termoelétricos em energia elétrica. A equipe também reduziu 10% do peso total do veículo com reprojeto de peças e uso de materiais, como nylon, aplicado na suspensão e transmissão. “O nylon absorve energia e reduz vibrações e sobrecarga”, explica o capitão da equipe, Rafael Couto de Castro Alves, que participa da competição há 15 anos. O carro pesa 170 kg e atinge velocidade máxima de 66 km/h.

Ainda estão inscritas as equipes Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; Saci, da Universidade Federal de Itajubá; UFV Baja, da Universidade Federal de Viçosa; e Una Baja, do Centro Universitário UNA.

[saiba mais]:
Como são os carros
Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas, motor padrão de 10 hp (horse power) e capacidade para abrigar um piloto de até 1,90m de altura e até 113,4 kg de peso. Todo o sistema de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que, ainda, buscam patrocínio para viabilizar o projeto e a viagem da equipe até a competição.

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