quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A vez do recheio - Depois do motor flex, Sentra estreia alterações de estilo e recursos. SL se destaca pelo conforto
Quatro meses. Este foi o intervalo de tempo entre a chegada do motor flexível em combustível e as alterações estéticas e de conteúdo aplicadas ao Nissan Sentra. Curto período de vida para a linha 2009/2010, que deu vez a um sedã com um único objetivo: ser mais competitivo. A versão SL, topo de linha avaliada por Motorgerais sai por R$ 71.990.
Se no comercial de TV de antes a Nissan dizia que o sedã não tinha cara de tiozão, agora o fabricante pode se gabar mais. Ao menos no estilo dianteiro o mexicano rejuvenesceu alguns anos, por meio da nova grade dividida por três filetes, pára-choque com ampla entrada de ar e faróis com novos refletores. As rodas de liga-leve estréiam desenho de oito raios, mas a traseira é a mesma - a tampa do porta-malas já havia mudado no flex.
O acabamento do interior passa a ser todo preto, mas só nesta versão. Volante e bancos de couro com furos na seção inferior que dissipam o suor refletem a boa qualidade de construção. A instrumentação do painel passa a ter tom avermelhado, e o rádio, tela colorida de 4,3 polegadas, funções RDS, MP3 e entrada auxiliar USB no console central, onde também há um novo porta-objetos. A chave presencial i-key, porém, é a grande novidade. Para girar o botão de ignição no lugar da antiga chave, basta tê-la no bolso ou a uma distância de até 80 cm.
Viajar macio
Dois adultos viajam com conforto no banco traseiro, mas a ausência do terceiro encosto de cabeça e o apoio central maltratam quem viaja no meio. Entre os equipamentos, o modelo passa a ter acendimento automático dos faróis e mantém o pacote que inclui airbags laterais e do tipo cortina, alarme para luzes acesas e teto-solar com controle elétrico. No porta-malas há espaço para bons 442 litros de bagagem, com opção de se dividir o volume.
Silencioso, o motor 2.0 16v permanece como antes, com 90% de força disponível a somente 2.400 rpm. A suavidade no funcionamento se deve ao equilíbrio da suspensão e a transmissão continuamente variável CVT, que se traduz em trocas de marchas sem trancos e maior economia de combustível, comparada a uma caixa automática tradicional, embora os dados de consumo divulgados pela Nissan sejam bastante otimistas.
FICHA TÉCNICA
Nissan Sentra 2.0 16v SL
MOTOR - Quatro cilindros em linha, 16 válvulas, flexível em combustível (álcool ou gasolina); potência de 143 cv a 5.200 rpm; torque de 20,3 kgfm a 4.800 rpm
TRANSMISSÃO - Automática
DIREÇÃO - Assistência elétrica
SUSPENSÃO - Dianteira independente, do tipo Mcpherson com barra estabilizadora; traseira com eixo de torção, barra estabilizadora e molas helicoidais
FREIOS - A disco na dianteira e a tambor na traseira
RODAS/PNEUS - aro 16; 205/55
DIMENSÕES - 4,56 metros de comprimento; 1,79 m de largura; 1,51 m de altura; distância entre eixos de 2,68
PESO/PORTA-MALAS - 1.359 kg; capacidade para 442 litros de bagagem
CONSUMO – 8,1 km/l (álcool) e 12,2 km/l (gasolina) na cidade e 11,8 km/l (A) e 17,7 km/l (G) na estrada
EQUIPAMENTOS
DE SÉRIE - Acendimento automático dos faróis, airbags dianteiros, laterais e do tipo cortina, alarme, ar-condicionado, bancos de couro, chave presencial i-key, cintos de segurança traseiros de três pontos, freios ABS, rádio CD MP3 com entradas iPod e USB, teto-solar, vidros, travas e retrovisores externos elétricos, volante de couro com regulagem de altura e controles do rádio e piloto automático
OPCIONAIS - Pintura metálica (R$ 1.000)
BOM
- Acabamento
- Conforto ao dirigir
RUIM
- Falta terceiro apoio de cabeça no banco traseiro
- Volante não tem regulagem de profundidade
PREÇO: R$ 71.990
*O carro avaliado foi cedido pela Nissan
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4 comentários:
A Nissan tem bons produtos, pena que não são valorizados como deveriam. Vejam o caso da Nissan Livina, da Frontier e do Sentra: são carros bem mais modernos que muitos dos seus concorrentes, mas que não vendem tanto quanto eles.
Tá certo que o mercado devería ter modelos em pé de igualdade com seus similares vendidos em outros mercados, mas com o povo valorizando modelos baratos - mesmo que antigos - fica difícil para as montadoras quererem investir um bocado de dinheiro em um produto que venda pouco (e até menos) que os carros antigos.
É como a Chevrolet que vende a S10, um projeto antigo, mas que nem a moderna Hilux conseguiu bate-la. Por isso que ela continua com tal modelo. Os outros modelos dessa montadora também pode se dizer que só são vendidos ainda porque vendem bem e não precisam mais ficar bancando o investimento feito pela Chevrolet.
A Nissan peca por não se destacar no quesito design de seus carros. Apesar de serem carros muito bons não chamam a atenção do consumidor. Também não se esforça para vender. Falta mais atitude no marketing da empresa. Uma pena.
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