A prometida duplicação até Divinópolis ainda não saiu do papel. Tampouco uma solução para o perigoso trevo do bairro Icaraí, a construção de uma trincheira e um viaduto em Itaúna, além da restauração de boa parte de um asfalto repleto de trincas e fissuras e com raros pontos de ultrapassagem. O valor do pedágio da MG-050, entretanto, volta a ser reajustado pontualmente a partir de hoje - como ocorre todo mês de junho -, para R$ 4,10, pela Nascentes das Gerais. Responsável pelo primeiro (e único) contrato de concessão de rodovia fruto de uma parceria público privada (PPP) com o governo mineiro, desde 13 de junho de 2007, a concessionária justifica o aumento como nada além do previsto no contrato assinado com o Estado.
O percentual aplicado é de 2,5%, número inferior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre abril de 2011 e abril de 2012, aponta a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop-MG), responsável pelas rodovias estaduais. Ninguém ainda conseguiu responder, por outro lado, porque o valor arrecadado na estrada nos últimos cinco anos ainda não se refletiu nas grandes melhorias propagandeadas no início da concessão.
Comparada ao pedágio e as condições oferecidos pela Autopista Fernão Dias, a MG-050 é ainda mais contraditória. Uma das principais ligações viárias da região Sudeste do Brasil, a BR-381 entre Belo Horizonte e São Paulo também dispensa socorro mecânico e telefones de emergência na rodovia, mas oferece uma pista totalmente duplicada, frota de ambulâncias UTI e de resgate, além de guinchos próprios. E cobra bem menos: R$ 1,40 em cada praça de pedágio. Uma enorme disparidade que pesa no bolso do contribuinte mineiro.
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